sexta-feira, fevereiro 02, 2007

part. I


Estava um dia muito quente e eu encontrava-me na sala, à janela a olhar para o céu coberto de nuvens . Ouvi os teus passos, pensei em correr para ti mas preferi esperar, como até ali tinha feito, pela tua chegada. Chegaste ao pé de mim e olhaste-me com esse teus olhos enormes de quem quer ver tudo e perceber tudo, sorriste com o sorriso tímido e disseste “procurei-te por toda a parte” e eu afastei-me da janela onde permaneci horas á tua espera e respondi com uma voz trémula “procuraste e encontraste” por mais que quisesse não conseguia dizer-te mais nada. Deste um paço em frente e ficaste bem encostado a mim, consegui sentir a tua respiração no meu pescoço, deste-me um beijo no ombro, com o qual me arrepiei, subiste um pouco mais a cara e agora sim, nos lábios um beijo sem pressa, sem stress nem hora de ponta.. Um beijo que podia durar para sempre, naquele momento deixei de ouvir o ponteiro do relógio que se encontrava na parede da sala. Ficámos só tu e eu, sentas-te no sofá e eu deitei-me, colocando a cabeça sobre as tuas pernas e tu automaticamente começaste a mexer-me no cabelo, como eu tanto gosto.. entretanto pegaste na minha mão e colocaste-a no teu peito, para assim sentir o teu coração. Batia depressa, pensei. E logo a seguir disseste: “o teu também está assim? Imagino que sim..já que o seu estado normal é bater muito depressa.” E seguidamente meteste a mão no meu peito. E eu que andava geralmente com o coração a bater muito depressa, estranhamente tinha-o tão sereno. Fiquei sem saber o que dizer, pois podias com isso pensar que não estava a sentir o mesmo que tu e disseste logo de seguida como se me quisesses desculpar: “se o meu coração costuma bater a um ritmo considerado normal e está a bater muito depressa e se o teu costuma bater muito depressa e agora mal se nota que bata, isso deve querer dizer que está a sentir o mesmo que eu, já que nem o meu nem o teu coração estão “normais”. Fiquei perplexa e perguntei-te se eras sempre assim. Pergunta a qual respondeste: “sou assim porque estás comigo, porque me fazes sentir o que sinto e porque já não o consigo esconder.” Ao acabares de dizer isto começou a chover imenso, levantaste-te, fechas-te a janela, desdobraste um cobertor, tornaste-te a sentar. Lado a lado e bem juntinhos, ficámos a ouvir a chuva cair e deixámos os nossos corações conversarem, afinal são eles que sentem, são eles quem sabem.



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3 Comentários:

Blogger nok!tas disse...

Meu deus, miga!

Foi a coisa mais linda q li =D
amei mesmo!
Tocou-me tanto (ai nem sei o q dizer)

"deixámos os nossos corações conversarem, afinal são eles que sentem, são eles quem sabem."

Pois são, são mesmo eles q sabem tudo, q sentem tudo. Se n formos sinceros com o q sentimos, os nosso corações morrem!

beijinhos *

És a coisinha mais linda e mais especial da minha vida *

Mo.te *

02 fevereiro, 2007 22:53  
Anonymous Anônimo disse...

aiaiaiaiaiaiaiaiaiaiaiai. meu deus do céu, minha dizonne, que texto fantástico.

olha, acho que durante o tempo em que te li, viajei completamente no tempo e no espaço. consegui ver exactamente a cena que descreves, sentir cada momento ... e nem todos os textos têm em mim esse poder.

sua génia :')
gosto tanto de ti! *

04 fevereiro, 2007 17:15  
Anonymous Anônimo disse...

mesmo bonitinho tigrezaa *


sim eu gosto deveras deste tipo de escrita, e depois? (viva as lamechas incuraveis e aos fas do nicholas sparks e da diana frade! LOL)


diana.. tu seduzes-me, ta? xD


adoro-te ! <3 *

24 fevereiro, 2007 22:48  

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