sexta-feira, setembro 29, 2006

Há dias assim..


em que não nós prórios sabemos o que andamos aqui a fazer, em que não sabemos o que está certo e o que está errado, temos medo de fazer tudo e ao mesmo tempo vontade de tudo fazer. Não sabemos que caminho seguir.. mas aparentemente tudo parece estar bem, até sorrimos e tudo.. há partes do dia em que o dia parece igual a todos os outros, mas depois há outras em que nos perdemos no nosso rumo.. nem sabes porque vestiste aquela roupa de manhã e sentes-te desconfortável, só apetece chegar rapidamente a casa e mudar de roupa.. lidas com variadas pessoas todos os dias, umas que gostas menos outras de quem gostas mais.. sentes saudades de amigos, de familia que estao longe de ti (mesmo que nao seja fisicamente) conheces muita gente, muitos pontos de vista.. nao sabes no que hás-de acreditar porque nem toda a gente diz somente a verdade.. andas perdida e não sabes o que fazer, nem em acreditar, com quem deves estar, com quem deves falar.. sentes-te capaz de fazer tudo e ao mesmo tempo de nao fazer nada.. sentes calor e frio. olhas nos olhos das pessoas para tentares descobrires mais sobre elas, vês que há pessoas com formas de pensar mais simples que outras, pensas.. "somos todos tao diferentes.." queres aprender com os outros mas ao mesmo tempo só queres aprender contigo e ficar só com aquilo que já sabes..
Sentes amor e sentes ódio.
A vida é feita de contradições.

sábado, setembro 23, 2006

Retalhos


A ginga da porta estandarte
O pingo de pingar do Santo
O homem que morre de infarte
A reza que quebra o quebrando
O grito de gol na garganta
O heroi na televisão
A falta de fome na janta
O gesto acressivo da mão


São coisas do Mundo
Retalhos da Vida
São coisas de qualquer lugar
Mas se eu fico mudo
Este mundo imundo
É capaz tentar me tentar mudar


A espera da moça do Mange
A mulher que faz um cochicho
O Crime lá do Bang Bang
No Cine da boca do lixo
O Velho mendido da praça
A Nega que nunca negou
O triste palhaço sem graça
No Circo que já desabou


São coisas do Mundo
Retalhos da Vida
São coisas de qualquer lugar
Mas se eu fico mudo
Este mundo imundo
É capaz tentar me tentar mudar


O Anúncio do novo cigarro
O trânsito louco varrido
A moça que corre de carro
E tenta sonhar colorido
O triste retrato da morte
Estampa o Jornal O Dia
Ao lado do riso da sorte
De quem ganhou na Lotaria

São coisas do Mundo
Retalhos da Vida
São coisas de qualquer lugar
Mas se eu fico mudo
Este mundo imundo
É capaz tentar me tentar mudar


Alcione


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Gosto muito desta musica e ouvi-a montes de vezes nas férias passadas com a familia :) Grandes dias, a familia é das melhores coisas da vida !!

beijinho*

sábado, setembro 16, 2006

Crianças para sempre


É bom crescer com os pés na terra e com a cabeça na lua. Com projectos e com sonhos. Com assombro e com encantamento. Com a vista nas pontas dos dedos, descobrindo os instintos das coisas, e perguntando «porquê?» (muito para além da idade dos porquês). É bom ser pequeno e grande, mas ser criança (por dentro) para sempre.
«Eduardo Sá»



É isso mesmo.. as crianças são o melhor do mundo, e se são o melhor porque não querer ser criança para sempre?! Pelo menos uma parte de nós.. há coisas que só as crianças vêm, há coisas que só as crianças percebem.. e "nós" ocupados com as nossas vidinhas muitas vezes, e sem querer olhamos só para o nosso umbigo, damos importância a coisas que não valem a pena e acabamos por não dar importância ao que realmente é importante.. claro que o que é importante para mim pode não ser importante para vocês.. mas certamente que todos já deixaram escapar algo tão simples e ao mesmo tempo tão importante por entre dedos. Então observamos as coisas/pessoas com atenção, brincamos sempre que possivel, sorrimos e fazemos sorrir.. e já está :D

segunda-feira, setembro 11, 2006

Acreditar


Acredito que todos temos direito a ter sorte e que, quando alguém aparece na nossa vida de repente, ou é porque nos vai fazer bem ou é porque nos pode fazer mal. E eu vi-te com bons olhos desde o primeiro momento, achei que me ias ajudar a limpar a tristeza, que a tua presença quase imperceptível na minha vida seria como um bálsamo, uma música perfeita e harmoniosa, um dia ao sol, ou uma noite em branco, daquelas que nos fazem pensar que a vida está cheia de surpresas boas e que vale mesmo a pena estar vivo, só para as saborear.Tu foste e és tudo isto, e ainda mais agora, que somos amigos; entre nós não há pesos nem amarras e o silêncio não quer dizer ausência, apesar da ausência reinar nos nossos dias.Quando lançamos os dados, nunca sabemos no que vai dar; tu podias ser um assassino encapotado e eu uma neurótica disfarçada, mas tivemos sorte, porque somos duas pessoas normais, com coração, e dois ou três princípios que nos fazem estar bem com a vida e com os outros.Só tenho pena de não ser dona do tempo, porque houve momentos que, se pudesse, teria vivido mais vezes ou mais devagar, como quem saboreia um chá de menta, ao fim da tarde, no largo da Igreja a ouvir os sinos. E como escrever é a melhor forma de falar sem ser interrompido, digo-te agora e sem rodeios, fica comigo mais uma vez, vem rir do mundo e adormecer nos meus braços, abrir o teu coração e sonhar acordado, vem ter comigo hoje, porque eu quero lançar outra vez os dados e aposto que vai dar seis e seis outra vez, porque os dados nunca se enganam e a amizade é o amor sem preço e sem prazo de validade.